Paula de Vasconcelos:
a Criação de Outro(s)

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Luís Aguilar

Subia a Rua do Carmo
com tanta Alegria

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Renald Bujold

Lusofonia
à Moda Peruana!

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Renald Bujold

Obrigada Brasil
por
Marisol Schnorr


Quando o jornalista se mascara de ficcionista, fantasista ou poeta, podemos afirmar que se está a preparar para escrever uma crónica.

A crónica encerra uma tensão provocada por funções e parâmetros, senão opostos, pelo menos contraditórios: entre o banal e a fantasia, entre a literatura e a reportagem, a entrevista ou a notícia, entre o real e o irreal, entre o indutivo e o dedutivo.


A crónica é um texto vagabundo, que anda à deriva e que escorrega para o conto ou desliza para a poesia e passeia entre a metonímia e a metáfora. Procura transcender e transgredir o quotidiano. Ao contrário da notícia ou da reportagem, que morrem diariamente, a crónica perpetua-se no tempo e até pode saltar das folhas do jornal para as páginas de um livro.

Como texto curto que é ocupa pouco espaço, mas ocupa um espaço fixo, sabendo o leitor qual o lugar do encontro.
A crónica protagoniza o seu autor, sendo a sua imagem de marca, a subjectividade. Na crónica, o autor mantém um diálogo directo ou indirecto, real ou virtual, com o leitor, mesmo que a sua expressão seja frequentemente monológica, dando curso à divagação e à reflexão pessoal.

A crónica fabrica-se como se faz um puzzle, onde peças desgarradas se interligam através de um estilo e de uma filosofia de vida ou mundividência.

Luís Aguilar