Não
Sou uma Verdadeira Portuguesa!
Cresci numa família
portuguesa cujos valores e costumes veiculados são os que
os meus pais herdaram do seu país natal: a Madeira. Por conseguinte,
para mim abre-se a imensa oportunidade para poder ir estudar no
Porto, cidade que toca de perto a minha realidade e que me iluminará
sobre a origem e riqueza culturais da minha família. É
uma parte da minha identidade que desejo explorar, a fim de compreender
de onde venho eu. Estou certa que vou evoluir, tanto pela experiência
cultural, como pela social e académica. E vou, certamente,
melhorar o meu Português oral e escrito. O único livro
português que li tinha eu cinco anos e chamava-se Estrelinha,
O Gato Astronauta. Agora, espero que no fim desta cadeira de Língua
Portuguesa consiga entender as histórias do meu amigo astronauta.
Mas todos me dizem que não
sou uma verdadeira portuguesa porque não gosto de peixe nem
de Vinho do Porto. Nunca gostei dos pastéis e dos rissóis
de bacalhau da minha avó. Mas gosto de chocolate e não
dispenso uma pratada de cereal pela manhã.
Última revelação.
Frequentemente perco-me. Tenho o pior dos sentidos de orientação.
Por exemplo, perco-me, todas as quarta-feira nos corredores do Pavilhão
Lionel-Groulx, antes de assistir à aula de Português,
por isso não aconselho ninguém a seguir-me.
Texto
produzido, a partir da proposta de trabalho contida na
Ficha, Auto-retrato
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