Mário Conde

Auto-retrato 1
Auto-retrato 2


Auto-retrato

Cabelos loiros, os meus
Magro sempre fui, e ainda sou.
Um copinho de vinho... está bem.
Mas prefiro o garrafão!
Desportos não faço nunca.
Falta-me o tempo!
Raparigas atrás de min, tenho muitas.
Sobra-me o tempo!
Egoísta faço questão de sê-lo.
Afinal, tantas palavras para explicar quem não sou.

 

Auto-retrato

Chamo-me Mário, tenho vinte e seis anos e há já algum tempo que estudo na Universidade de Montreal. Estudei antes o Espanhol, o Italiano e o Alemão e agora estou a fazer algumas cadeiras de Português. Por várias razões, de que destaco, em primeiro lugar, o gosto pela língua de Eça, e em segundo lugar, os numerosos amigos e amigas portugueses que tenho, sobretudo açorianos. É sempre um prazer ser-se capaz de comunicar com uma pessoa na sua língua materna.

Já trabalhei numa companhia de telecomunicações, a Nortel, durante um ano. Ano difícil, já que não gostava dos meus patrões, nem do ambiente. Um ano durante o qual me apercebi que os estudos eram mais interessantes e estimulantes para o meu futuro.

Agora que sou capaz de falar, escrever e ler em seis línguas, acho que é chegado o momento de impor-me um novo desafio, a aprendizagem do japonês, uma língua que sempre quis aprender. Naturalmente, que já posso procurar um bom trabalho com as línguas que falo, sem precisar de mais nenhuma, mas o facto de conhecer uma língua e a cultura de um país asiático, é para mim um verdadeiro prazer.

Não sei o que mais me irá acontecer no futuro. Uma coisa parece-me certa: Montreal não ficarei. Gostaria muito de ir trabalhar para as Canárias (Las Palmas) em Espanha.


Texto produzido, a partir da proposta de trabalho contida na
Ficha, Auto-retrato