CARLOS CÉSAR
DEFENDE E PÕE EM MARCHA
UMA ESTRATÉGIA
PARA A DIFUSÃO
DA LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO


Por
Luís Aguilar


Carlos César no Salão da Igreja de Santa Helena
em Toronto
(Foto de Luís Aguilar)

Quando da sua visita oficial ao Canadá, em Junho, Carlos César, Presidente do Governo Regional dos Açores, defendeu perante professores e alunos de português do ensino básico, reunidos no salão da Igreja de Santa Helena, em Toronto, onde se encontrava igualmente, o Ministro da Imigração e Terceira Idade da Província do Ontário, Carl De Faria, a proposta do Governo Português PSD-CDS, de transferir a tutela do ensino do português no estrangeiro, do Ministério da Educação para o Ministério dos Negócios Estrangeiros: a medida é formalmente correcta. Não podemos deixar transformar a língua portuguesa numa mera palavra, mas, antes, torná-la numa realidade pujante, transmissível às gerações vindouras, acrescentou o governante açoriano, que considera que o papel dos professores no Canadá deve ser o de prosseguir a obra de ensinar o maior capital da portugalidade e açorianidade, disponibilizando-se para ajudar a alcançar aqueles objectivos.

E das intenções de César, se passa agora, aos actos do seu governo, que dá livre curso à disponibilidade prometida, anunciando já, a realização do XI Encontro de Professores de Português, que terá lugar em Angra do Heroísmo, de 4 a 7 de Julho de 2003. Para além do apoio logístico e de patrocínios de várias entidades açorianas, os professores de Língua e Cultura Portuguesas que leccionam nos Estados Unidos e Canadá que participarem no evento (cerca de 200), vão poder contar com o empenho do Governo Regional dos Açores através, nomeadamente, da Direcção Regional das Comunidades que, na opinião da Directora, Alzira Serpa Silva, aposta na preservação da Língua Portuguesa junto das comunidades emigradas.

Pensam, e bem, Carlos César e a sua dinâmica equipa, que a aposta de Portugal no ensino do português nas escolas públicas dos países de acolhimento dos nossos emigrantes deve ser estratégica. E, nesse sentido, preconiza ainda Carlos César, a necessidade de uma política de Estado para Estado, entre Portugal e os diversos países com significativas comunidades portuguesas, para que a língua portuguesa seja ensinada nos respectivos sistemas escolares públicos, o que, aliás, vem na linha traçada pelo Presidente da República, Jorge Sampaio quando, aqui, no Canadá, defendeu essa perspectiva.