A Vocação e a Evocação Marítimas dos Portugueses

As palavras “descobrimentos” e“descobertas” talvez não sejam os termos mais justos, para designar os feitos históricos relativos à vocação e evocação marítimas dos Portugueses. No que à Costa Ocidental de África diz respeito, faziam já parte dos mapas da época da sua “descoberta” e tinham nomes... italianos! Alguns geógrafos árabes chegaram a mencionar a Costa Ocidental de África até ao Cabo da Boa Esperança, muito antes de Bartolomeu Dias o ter dobrado em 1488. Outros navegadores tinham visto e visitado a costa americana e as Antilhas, antes dos Portugueses, embora os conhecimentos que delas se tinham fossem muito vagos (eram terras adivinhadas mais do que conhecidas) no fim da Idade Média, repletas de lendas e mistérios. E, sobretudo, assustadoras. Foram, provavelmente, navegadores árabes que galgaram essas terras suspeitas a Ocidente. Não se pode dizer com segurança que foram Pedro de Barcelos e João Fernandes Lavrador que descobriram a Groenlândia, por volta de 1495. Mais correcto seria dizer que a redescobriram. Gaspar Corte Real chegou à Terra Nova que explorou em pormenor em 1500, mas, provavelmente não foi o primeiro. Alguns pescadores portugueses tinham avistado já as costas do Brasil antes de Pedro Álvares Cabral, que só em 1500 as achou. Para já não falar de Pizón ou Duarte Pacheco Pereira de que há notícia de lá terem estado antes de Cabral. É por isso que a expressão preferida dos historiadores contemporâneos para designar esse período da História portuguesa é Expansão Marítima Portuguesa, que se nos afigura, igualmente mais correcta do que descobrimentos ou descobertas.


A quem cabe o papel de pioneiros nas expedições marítimas:

Italianos

Árabes

Chineses

Portugueses

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