Indique
alguns crioulos de base lexical portuguesa, resultantes
do contacto do Português com outras línguas
da Índia, da Ásia Oriental, da América
Central e do Sul e, sobretudo, de África.
R e s p o s t a
A
Página da História da Língua
Portuguesa do Instituto Camões da autoria da
Dra. Dulce Pereira é generosa na enumeração
de crioulos de base lexical
portuguesa, resultantes do contacto do Português
com outras línguas da Índia, da Ásia
Oriental, da América Central
e do Sul, e de
África:
Em África formaram-se os crioulos da Alta Guiné
na Guiné-Bissau (O Kriol), Cabo Verde (kriolu
ou kauberdianu que é língua materna
de todos os caboverdianos que nascem no arquipélago
e que tem duas variantes principais: a de Barlavento
e a de Sotavento), Casamansa (variedade do crioulo
de Cacheu, com influência do crioulo de Bissau),
o Fa d’Ambu, na Guiné Equatorial, os
do Golfo da Guiné e S. Tomé e Príncipe
(o Forro ou Santomense, em Príncipe o Principense
ou Lunguyê (Língua da Ilha). Temos, igualmente,
os crioulos Indo-portugueses de várias regiões
da Índia: Diu, Damão, Bombaim, Korlai,
Quilom, Cananor, Mangalor, Tellicherry, Cochim e Vaipim,
Bengala e Costa de Coromandel. Ainda o Bioco de Fernando
Pó e das Ilhas do Ano Bom, além do Anobonês
ou Fá d’Ambô - (Falar de Ano Bom),
os do Sri-Lanka, antigo Ceilão (Trincomalee
e Batticaloa, Mannar e Puttallam), o crioulo português
de Zanzibar, Mombaça, Mélinde, os da
Malásia (Malaca, Kuala Lumpur) e o papiá
kristang (Singapura), os de algumas ilhas da Indonésia
(Java, Flores, Ternate, Ambom, Macassar), conhecidos
sob a designação de Malaio-portugueses
e, finalmente os crioulos Sino-portugueses (Macau
e Hong-Kong) , sem esquecer os crioulos Papiamento
de Curaçau, Aruba e Bonaire, nas Antilhas e
o Saramacano do Suriname.
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