Comecei
a estudar o português, já como uma quarta língua
latina, depois do francês, do espanhol e do italiano
que já falava ou estava a aprender. Aprender o Português
teve, para mim, uma particularidade, a de ter sido um desafio,
já que a língua portuguesa como língua
estrangeira, parecia-me mais difícil do que as outras
duas e , no entanto, simultaneamente, permitia-me o atributo
de “poliglota” com menos esforço do que
o estudo doutras línguas como o grego ou o alemão.
Não sentia um entusiasmo por aí além
nem um interesse ou gosto particular pelo português,
mas tinha a paixão do coleccionador! Nem sequer estava
movido por uma qualquer razão utilitária, senão,
o facto de ser uma das línguas mais faladas nas Américas,
e que um dia poderia até ser-me útil, mas não
era um motivo determinante, senão tinha escolhido a
variante brasileira da língua.
No entanto
a aprendizagem da língua possibilitava-me o conhecimento
de Portugal e de outros países que falam português,
a sua gente e culturas. Foi uma surpresa para mim descobrir
uma língua muito bela, que tem uma sonoridade única
e muito agradável e ter acesso a grandes obras literárias
que me encantam. É por prazer que estudo o português,
como uma ocupação para os tempos livres, por
motivos culturais e sociais, para enriquecer a minha cultura
e a minha visão do mundo. Mas, é verdade que
pode também vir a servir-me um dia para algum trabalho
útil no campo da saúde internacional, especialmente
no Brasil. Mas esta não é a minha verdadeira
motivação.