aa
Vitália Rodrigues, estudante
Português questiona
o Reitor da Universidade de Montreal,
Professor Doutor Robert Lacroix
Claude Dagneau, estudante de
Português, questiona o Reitor da Universidade de Montreal,
Professor Doutor Robert Lacroix
|
A
aprendizagem das línguas estrangeiras é importante
porque abre portas e escancara janelas às culturas,
considera o reitor da Universidade de Montreal, Professor Doutor
Robert Lacroix que amavelmente conversou connosco.
- Pouco depois
de lançar o Mineur en Langue portugaise et cultures lusophones,
a decana, Professora Doutora Mireille Mathieu, que tinha o dossiê
da Língua Portuguesa nas mãos, terminou o seu mandato,
o que criou naturais dificuldades ao prosseguimento do programa.
A Faculdade das Artes et Ciências da Universidade de Montreal,
teve até Janeiro uma decana interina. O decano recém-nomeado,
Professor Doutor Joseph Hubert, só iniciou funções
a 4 de Fevereiro, depois de um período longo de doença
- respondeu o reitor da Universidade de Montreal, Professor
Doutor Robert Lacroix, quando lhe perguntamos porque razão
um dos 42 novos programas criados na Universidade de Montreal não
funcionava como os outros. O Programa parece estar a funcionar deficientemente
dado o desencontro que ao longo de nove meses tem existido entre
a Universidade de Montreal e o Governo Português. O Instituto
Camões, pelo que temos vindo a ser informados, não
aproveitou os bons ventos que sopraram em Maio e levaram até
Portugal, a decana da Faculdade de Artes e Ciências para participar
num congresso no Porto. Não a convidaram. E tinha a decana
protocolos prontos a assinar e um dossiê quentinho a despachar.
- Vou telefonar ao decano e saber como se pode accionar o processo
de negociação com o Governo Português para que,
em conjunto, possamos levar a bom termo o novel programa -foi
a resposta que nos deu o reitor da Universidade de Montreal, domingo
passado, dia 27 de Janeiro. Com efeito, acabaramos de pedir ao reitor,
na Jornada "Portas Abertas" da Universidade de Montreal,
que interviesse junto da Direcção da Faculdade de
Artes e Ciências para que esta accione todos os mecanismos
que possibilitem o funcionamento pleno daquele programa académico:
uma organização curricular que permita aos estudantes
terminar o programa no prazo que todos os outros têm e não,
como sucede, no dobro ou triplo do tempo, a contratação
dos professores necessários, que os existentes são
insuficientes, a nomeação de um professor titular
que supervisione a actividade académica do programa, a celebração
dos protocolos com os governos dos países lusófonos,
com particular incidência no Governo Português, através
do Instituto Camões, que se mostrou já disponível
para apoiar os Estudos Portugueses na Universidade de Montreal,
o que, de resto, tem-no feito de há dezassete anos a esta
parte. Ao contrário do Governo Brasileiro que decidiu apoiar
outro programa na Universidade do Quebeque em Montreal. Um programa
exclusivamente centrado no Brasil.
A Universidade de Montreal ainda, pelas razões invocadas,
não fez qualquer difusão que desse a conhecer o dito
programa académico, o que teria possibilitado um maior número
de inscrições no programa recentemente criado. As
autoridades portuguesas não reagiram no tempo certo e mudam
de opinião e de propostas constantemente e, também,
não assinalaram esta cobiçada conquista, uma autêntica
lança no Quebeque (este é o primeiro programa com
conteúdo académico a funcionar em toda a província
francófona).
O reitor respondeu que as dificuldades porque passa o desenvolvimento
do programa se deve em parte à partida da decana e disse-nos
ainda - Vou pedir um relatório sobre o que se passa presentemente
com os Estudos Portugueses.
- Sabemos que uma palavra sua é uma ordem e gratos ficaríamos
se a pronunciasse - disse-lhe o Claude Dagneau nesta mini-entrevita,
o Claude, que invocou os 27 anos de paixão pela Língua
Portuguesa, para fazer tal pedido.
|