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Decorreu
de 16 a 25 de setembro de 2011 o 17o
Festival Internacional de Literatura de Montreal,
que incluíu encontros literários, mesas-redondas
com escritores, happenings, sessões
de cinema, tertúlias, espetáculos, etc.
Nele participou o projeto Europe(a) que desenvolve atividade
ao longo de todo o ano, nomeadamente, através
do microprojeto Lisez
l’Europe , em que participam vários
institutos culturais e representações
diplomáticas, associações, livrarias,
etc. É o Lisez l'Europe responsável pela
organização de ciclos de leitura de escritores
europeus, lançamentos de livros, sessões
de cinema, etc., e, naturalmente, a programação
do FIL (Festival international de littérature
de Montréal). É
uma oportunidade única de proporcionar as multiplas
facetas da literatura europeia contemprânea, este
ano na companhia dos seguintes escritores: Lídia
Jorge de Portugal, Niklas
Maak da Alemanha, António
Orejudo de Espanha, Paul
Fournel de França, Carles
Casajuana da Catalunha e Fabio
Geda de Itália.
As atividades
propostas no âmbito do projeto Lisez
l’Europe foram organizadas pelo coletivo
«Europe(a)» que reúne, ao longo de
cada ano, várias institutições
do Velho Continente, contando-se entre elas, o Instituto
Camões.
A literatura portuguesa esteve presente, pela terceira
vez consecutiva, neste importante festival internacional,
que este ano foi dedicado à temática das
viagens na literatura ou das literaturas de viagens,
com o nome genérico de Lisez l’Eurovoyage.
A participação
portuguesa foi assinalada com a presença da escritora
Lídia
Jorge, tendo esta autora participado nas atividades
que a seguir se descrevem:
1.
Na quinta-feira, dia 15 de setembro, às 19h00,
no Instituto
Goethe, integrado na atividade Ciné-Voyage
foi exibido o filme
de Margarida Cardoso, A
Costa dos Murmúrios, baseado no livro
de Lídia Jorge, com o mesmo nome. Esta sessão,
com entrada livre, foi a que mais público teve
em relação a todas as outras sessões
do ciclo, contando com a presença significativa
de elementos da comunidade portuguesa de Montreal e
de estudantes dos Estudos Lusófonos que encheram
metade da sala. Alguns reuniram-se na creperia do canto,
com a escritora Lídia Jorge. Trocaram-se impressões
sobre o filme, as relações entre os produtos
fílmico e literário, a existência
ou não de uma cooperação entre
a escritora e a cineasta, durante a produção
do filme, etc.
2. No dia 17 de setembro,
reuniram-se, entre as 14h00 e as 17h00, vários
escritores, à volta de duas mesas redondas, sob
a temática das viagens na literatura: Lídia
Jorge de Portugal,
Niklas
Maak da Alemanha, António
Orejudo de Espanha, Paul
Fournel de França, Carles
Casajuana da Catalunha e Fabio
Geda de Itália. Na primeira mesa redonda o
debate balizou-se pelas seguintes questões previamente
colocadas: Vem
o escritor transformado das viagens que faz ou permanece
indiferente? De que modo as suas viagens afetam a produção
literária? De que modo dá o escritor conta
aos leitores das viagens que efetua? O animador optou
pelo sistema de rotatividade, permitindo a cada interveniente
na mesa-redonda responder a cada questão colocada.
E à volta da problemática das viagens se
desenrolou o debate.
Na segunda
mesa-redonda, em que participou Lídia Jorge,
o animador optou por uma diferente forma de condução
do debate. Deixou para trás a problemática
das viagens, que a nosso ver se tinha de certo modo
esgotado, e centrou-se em algumas obras dos escritores.
Por outro lado, o animador sequenciou três entrevistas
aos escritores participantes na mesa-redonda, a partir
dos temas das obras de cada um. Apesar desta forma de
abordagem do debate por parte do animador, que juntou
ainda algum julgamento aos testemunhos dos escritores,
ao contrário do primeiro animador, cuja opção
se pautou pelo distanciamento, do ponto de vista da
recepção a opinião foi diversa:
o debate ajudou à escolha dos livros a comprar
por parte dos vários elementos do público
e permitiu uma discussão mais literária
com temas que interessam à compreensão
do que sucede ou sucedeu no mundo.
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3. O Rali Literário, Odyssée
dans la ville, realizou-se no domingo, dia 18 de
setembro, às 13h00, com um grupo e foi repetido às
14.00 horas com outro grupo. Os participantes percorreram
as ruas da cidade, iniciando-se o percurso no restaurante
português
Casa Minhota, com Lídia
Jorge, terminando o mesmo, no Insituto
Goethe às 17 e 18 horas, respetivamente. Pelo meio,
os participantes no percurso encontraram-se com António
Orejudo na Livraria
Las Américas, Carles
Casajuana na Galeria de l’UQAM, Fabio
Geda na Maison
de l'écrivain, Paul
Fournel no Square St-Louis e, finalmente, Niklas
Maak no Instituto Goethe.
Este rali literário, Odysée
dans la ville, permitiu a descoberta, de maneira apaixonada
e lúdica, das variadas facetas da literatura europeia.
O percurso feito a pé, totalizou cerca de 3,5 km, ao
longo do qual, os participantes reuniram-se com os escritores
em pequenas tertúlias e contactos com a comunicação
social. A animação esteve a cargo do ator Cyril
Assathiany e de Miriam Cobo.
LER REPORTAGEM NO JORNAL COMUNITÁRIO
LUSOPRESSE
- Viagens com sentido
E A NOTA DE IMPRENSA DA AGÊNCIA LUSA: Lídia
Jorge sublinha "lusitanidade" da escrita de viagens
em festival no Canadá
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