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Idiossincrasia Angolana: Um “Copo de Água” para Celebrar um Feito dos Palancas Negras Reportagem de Sabrina Domingues |
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No passado sábado, dia 15 de Outubro de 2005, decorreu, na sede da Associação da Comunidade Angolana de Montreal, um encontro que os angolanos designam de “copo de água” e que, afinal, era de cerveja! A festa tinha como objectivo comemorar o apuramento dos “Palancas Negras”, nome pelo qual são conhecidos os jogadores da selecção angolana que se qualificaram (e que também designa uma espécie muito rara de antílopes que só se encontra em Angola) para o Campeonato do Mundo de Futebol, a realizar na Alemanha em 2006. A meio da festa os adeptos da selecção angolana decidiram sair à rua e dar uma volta barulhenta pelo bairro Mille-End com as bandeiras angolanas em punho assinalando a primeira qualificação de Angola para o Campeonato do Mundo de Futebol. O convívio foi animado com música típica angolana, o que atraíu muita gente que passava na rua e que decidiu dar uma espreitadela. Ao evento assistiu o cônsul-geral de Angola em Otava, dr. João Manuel Tito, a pedido do presidente da Associação da Comunidade Angolana de Montreal, dr. Adelino Artur Quialunda. Tivemos, durante a festa, a oportunidade de falar com o senhor cônsul, sobre a jovem comunidade angolana no Canadá, em número crescente de membros. O Consulado-geral
de Angola existe em Otava desde 1997 e, segundo o senhor cônsul-geral,
não se sabe ainda ao certo quantas pessoas de nacionalidade angolana
residem no Canadá. O recenseamento dos angolanos em terras canadianas
é recente e, por isso, o consulado pretende oferecer os seus serviços
às suas comunidades espalhadas por este país da América
do Norte. Para permitir aos angolanos que não vivem em Otava ou
que têm dificuldades em deslocar-se à capital durante a semana,
o cônsul-geral dr. João Manuel Tito desloca-se às
diversas cidades, oferecendo os seus serviços desde que para tal
seja solicitado. As deslocações são, geralmente,
feitas aos fins-de-semana, o que permite apoiar um maior número
de pessoas que, assim, não se têm de deslocar propositadamente
a Otava. |