José Régio (1901-1969)

José Régio, pseudónimo de José Maria Reis Pereira, foi professor, poeta, romancista, dramaturgo, ensaísta, crítico, memorialista, diarista, polemista, desenhista, coleccionador de antiguidades e cidadão atento e empenhado...



Luís Aguilar e Joviano Vaz, em homenagem ao poeta, dizem respectivamente, os poemas: Cântico Negro e Toada de Portalegre:



Ouça as versões de Cântico Negro :

João Villaret: Cântico Negro de José Régio

Maria Bethânia: Cântico Negro de José Régio

Cânticos, Espelhamentos e Encontros

por

Vitália Rodrigues

Fotos de António Vallacorba, J. J. Marques da Silva e Vitalia Rodrigues

Organizado por Carlos Manuel Folhadela de Macedo Oliveira, cônsul-
- geral de Portugal em Montreal
e Luís Filipe Tavares de Melo de Aguilar, professor de Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas da Universidade de Montreal e docente do Instituto Camões, este serão literário, a propósito da sessão de abertura da exposição Espelhamentos, Herança Literária de José Régio, do Centro de Estudos Regianos, patrocinada pelo Instituto Camões, contou com a presença de cerca de cinquenta pessoas que, na sexta-feira, dia 20 de Março de 2009, das 18 às 20 horas, no Consulado-Geral de Portugal em Montreal, improvisaram uma tertúlia literária como é raro acontecer nos tempos que correm. Para os que não puderam estar presentes informamos que a exposição estará até ao fim do mês na sala multiusos do Consulado-Geral de Portugal em Montreal, sito no 2020,University, suite 2425 em Montreal, podendo obter-se quaisquer informações adicionais pelo telefone (514) 499 0359.

O Dr. Carlos Oliveira, após as palavras de boas-vindas, sublinhou a importância de promover iniciativas que procurem o encontro entre as pessoas e dêem um cunho artístico e cultural, obedecendo a um dos parâmetros do seu consulado: mostrar uma face humana e vivencial de uma instituição diplomática de que muitos vêem apenas a frieza da burocracia. Realçou o diplomata a nova política de promoção e difusão da língua e cultura portuguesas no mundo, por parte do Instituto Camões, que se pauta por fornecer aos agentes culturais e instituições, produtos de qualidade que evidenciem uma imagem do Portugal moderno. O Dr. Carlos Oliveira referiu-se, por outro lado, à cada vez mais necessária constituição de parcerias para a realização de eventos culturais, desta feita com os Estudos Lusófonos da Universidade de Montreal e a próxima com o vespertino comunitário LusoPresse, relativamente às celebrações do Dia da Mulher que conta com a presença da Dra. Manuela Aguiar.

E a sessão continuou com o Cântico Negro de José Régio, dito pelo professor Luís Aguilar que surpreendeu os presentes, sobretudo alguns dos seus estudantes (e antigos estudantes), a quem faz jogar papéis nas suas aulas, mas não tendo ele, incarnado como desta vez, um papel específico. Luís Aguilar referiu que a primeira (e a última vez) que dissera o Cântico Negro fora precisamente há quarenta anos, ano da morte de José Régio. Nessa altura, refere Luís Aguilar, a coisa saira um pouco em falsete, pois ainda não tinha caminho feito que justificasse o grito. Desta vez, porém, o grito de revolta sairia mais autêntico.

Na mesma onda poética que se alevantou, Joviano Vaz, leu a Toada de Portalegre, com a garra e o tom dramáticos que se lhe reconhecem. Referiu Joviano Vaz, recentemente homenageado pelos seus conterrâneos de Montreal, o momento em que há muitos anos, havia recitado o mesmo poema para José Régio e João Villaret, quando os encontrou em Ponta Delgada nos Açores, sua terra natal.

Depois foi a hora do Porto de Honra e dos pastéis de nata com que o cônsul-geral ofereceu aos presentes, que puderam assim continuar a provar, para além da receita literária, dois símbolos da bandeira gastronómica portuguesa.

 

Tempo houve ainda, para lançar (e testar) o passatempo pedagógico criado por Luís Aguilar, Totolíngua, que os Estudos Lusófonos vão levar cabo ao longo do presente ano. A iniciativa foi bem acolhida, tendo esta primeira sessão restrita e experimental, sido ganha pelo único cidadão brasileiro presente e único totalista: Osman C. Sarmento.

 

Ver ainda exposições digitais :
Espelhamentos: Herança Literaria de José Régio
José Régio: Os Mundos em que Viveu


Consulado-Geral de Portugal em Montreal