Lançamento da Brochura

ENCONTROS: A Comunidade Portuguesa de Montreal,
50 Anos de Vizinhança

Por
Luís Aguilar


A animadora da sessão e" leoa" do projecto


O historiador Jean-François Leclerc estupefacto com a história da comunidade portuguesa montrealense que acaba de descobrir.

A participação decisiva do Carrefour des jeunes lusophones du Québec

José Rodrigues e a sua esposa Iria: Já lá vão os tempos duros. A eles se devem também muitas das memórias e imagens que a brochura mostra.
Joaquim Eusébio um homem de Histórias que nos conta as suas histórias. E já vão duas as brochuras de que é significativo colaborador-dinamizador.

O lançamento de uma brochura intitulada Encontros: A Comunidade Portuguesa de Montreal, 50 Anos de Vizinhança, acompanhada de uma Ficha com 20 questões para exploração pedagógica, ocorreu, Sábado, dia 21 de Fevereiro das 15 às 17 horas, no Salão Nobre da Missão Santa Cruz, na presença do senhor cônsul-geral de Portugal em Montreal, Dr. Nuno Bello, do director do Centre d'Histoire de Montreal, Dr. Jean-François Leclerc, do membro do Conselho Executivo da Câmara de Montreal, responsável pela Cultura e Património, Dra. Hélène Fotopoulos, tendo nos seus protocolares discursos, referido a importância do lançamento de um documento deste teor, enquadrado no vasto programa de celebrações do Cinquentenário da Chegada da Primeira Vaga de Imigração Portuguesa ao Canadá. A animação da sessão coube a Joaquina Pires que não prescindiu - e quanto a nós bem- de comunicar, também, na língua de Camões, ainda que todos os presentes percebessem bem a língua de Molière.

Menos protocolares foram as apresentações de Jaoquina Pires, Joaquim Eusébio e Josée Lefebvre que falaram das vicissitudes que abarca a construção de um caderno pedagógico versando o histórico da presença portuguesa em Montreal, documento que homenageia os pioneiros, representados presencialmente pelo senhor José Rodrigues e a esposa Iria, cujo sorriso aberto testemunhava admiração pela obra feita, a deles e dos que agora a querem continuar, num patamar de maior tranquilidade, segurança, maturidade e prosperidade.

Jean-François Leclerc, director do Centre d'Histoire de Montreal manifestou-nos a sua admiração pela pujança e capacidade de adaptação da comunidade portuguesa e congratulou-se com o que lhe foi proporcionado aprender, ao colaborar neste projecto, sobre dados de uma história tão rica.

Esta realização do Centre d'hisoire de Montréal, em colaboração com o Carrefour des Jeunes Lusophones du Québec, com o contributo de associações comunitárias e de inúmeros membros da comunidade portuguesa, representa um marco importante na empresa editorial comunitária, é um documento que dá a conhecer a aventura montrealense de vários portugueses cuja história faz parte da História de Montreal como refere Jean-François Leclerc que realçou, com apreço, a persistência, luta e espírito realizador de Joaquina Pires, a quem chamou a leoa do projecto: - elle fait bouger les choses, vous savez!

Esta brochura bilingue (Português e Francês) - publicação fundamental para o conhecimento da história da comunidade Portuguesa de Montreal- é um documento original que sintetiza de forma simples, ilustrada com bom gosto (jielle infographie), os dados recolhidos e tratados segundo a metodologia das Clínicas de Memória, trabalho de um grupo de jovens da associação Carrefour des jeunes lusophones du Québec. A coordenação precisa e criteriosa da publicação é de Josée Lefebvre.

Esta publicação constitui, finalmente, um precioso auxiliar pedagógico da exposição Encontros - 50 Anos de Vizinhança patente no Centre d'histoire de Montréal que do dia 7 de Fevereiro a 24 de Abril de 2004, recebe grupos de alunos das escolas portuguesas, das 9às 12 horas.

Este documento vai, com toda a certeza, interessar um leque alargado e diversificado de pessoas e, estamos, certos, os pedidos não chegarão para as encomendas. Daí, ser quase certa, a publicação de uma segunda edição, já que esta teve uma tiragem de apenas mil exemplares. Foi a pensar que esta edição apenas interessa às escolas? Que ideia mais limitada, pois pensamos que, se ela estiver à disposição do público generalizado, será concerteza grandemente disputada. Foi por motivos económicos? C’os diabos, não seria possível arranjar um ou dois patrocinadores? E, para finalizar, mais uma questão incómoda: porque estiveram presentes tão poucas pessoas? Não mereceria um lançamento de tão importante brochura um público mais numeroso?