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Celebra-se este ano o quinquagésimo
aniversário da chegada da primeira vaga de imigrantes
portugueses ao Canadá. Aqui no Quebeque e mais propriamente
na grande área metropolitana de Montreal, planearam-se
várias actividades para celebrar o evento de há
cinquenta anos. A 2 de Maio, na Câmara de Montreal, o
presidente da edilidade entregou, aos pioneiros, uma lembrança
simbólica e evocativa. Tiveram os mesmos a honra de assinar
o Livro de Ouro. Na opinião do autarca estes pioneiros
foram igualmente os primeiros artesãos das estruturas
comunitárias que permitiram a toda a comunidade portuguesa
conservar os seus valores culturais, além de assegurarem
a vitalidade da sua língua.
No sábado, dia 3 de Maio, foi o tão esperado Jantar
de Gala que teve lugar no prestigioso salão do Marché
Bonsecours, na cidade velha de Montreal.
O Dr. José de Almeida Cesário, que veio a Montreal
para participar nestas festividades, foi convidado para a visitar
a tão prestigiosa Casa dos Açores do Quebeque.
O Dr. Cesário acompanhado da sua esposa Maria de Lurdes,
Dr. Nuno Bello, Cônsul-geral de Montreal, Dr. Carlos G.
da Silva, Conselheiro sociocultural da Embaixada de Portugal
em Otava, sentiu-se em terra portuguesa e ficou muito impressionado
ao ver as fotos do Dr. Mota Amaral e do Presidente dos Açores,
o Dr. Carlos César.
Damião Sousa, presidente da Casa dos Açores do
Quebeque saudou o tão ilustre convidado e referenciou
o trajecto significativo da Casa dos Açores, sublinhando
a dedicação e o sacrifício de todos aqueles
que têm chefiado, ao longo dos anos esta importante associação.
Saudou todos os que continuam a colaborar para o seu progresso,
não escondendo o grande orgulho que sente com a visita
do Dr. Cesário à Casa dos Açores, pois
segundo disse esta visita foi um tónico encorajante para
o poder de, cada vez mais, levar adiante a grande tarefa de
bem servir e de continuar a divulgar a nossa língua e
a nossa cultura. Por seu turno, o Dr. Cesário referiu
que os Portugueses fora de Portugal são tão
portugueses como os que estão em Portugal, ou talvez
até mais.
É verdade que há inúmeros problemas, que
vai ser preciso dialogar para resolvê-los. Vai ser preciso
construir uma "ponte" entre Portugal e o Canadá.
O Secretário de Estado deixou a Casa dos Açores
bastante impressionado já que ele mesmo pôs em
evidência o extraordinário o portuguesismo que
sentiu nesta casa portuguesa e que ouvir o Hino Nacional lhe
deu um arrepio, isto é um arrepio de satisfação
incomensurável.
De peito açoriano
em riste, António Vallacorba
brindou os presentes com a sua pujante poesia, lembrando que
somos um país de poetas.
E, como não podia deixar de ser, terminados os discursos,
passou-se aos comes e bebes tão característicos
de uma casa portuguesa. Bebeu-se e comeu-se à vontade,
que a generosa gente da Casa dos Açores compôs
generosa mesa. Com certeza.
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