Portus Calle
homenageia Portuscale
no Frénesie de la Main

   

Por
Luís Aguilar

Fotos de Vitália Rodrigues



Os três obreiros, Helena Loureiro, José Fernandes e Manuel Martins com Luís Aguilar.


Fátima Miguel a fadista açorina
Francisco Salvador, Joaquim Pedrosa e José Rodrigues, adeptos dos petiscos.

 

Dia 20 de Agosto de 2003, entre as 17 e as 19 horas, no restaurante Portus Calle, houve convívio, fado, pastéis de bacalhau, vinho do Porto, numa sessão de inauguração, "5 à 7", promoção, abertura do Frénesie de la Main? A ambiguidade parece ser a marca da casa. O nome que induz às origens de Portugal, Portuscale, mas escrito Portus Calle, revela o piscar de olho à clientela aficcionada de Espanha. Bar a Tapas em vez de Petiscos ou Comes e Bebes comprova isso mesmo. A cozinha definida como mediterrânea apaga a riqueza do restaurante que é na prática e, sem dúvida, um restaurante de cozinha portuguesa, uma das mais ricas, gostosas e variadas do mundo. O restaurante, dividido em duas partes, uma para a cozinha de garfo e faca e outra para os adeptos do petisco, satisfaz uma clientela bem alargada.

Portus Calle bem poderá ser a coqueluche do Boulevard Saint Laurent, muito na moda, e com o futuro a sorrir-lhe. O sucesso deste jovem restaurante de apenas seis meses, anuncia-se e a qualidade do serviço, o gosto que a decoração põe em evidência, o conforto que proporciona e, sobretudo, os bons manjares portugueses, acompanhados por bons vinhos portugueses vaticinam o êxito anunciado. Um restaurante com esta categoria merece mais. Carece de uma melhor difusão e promoção dos serviços que presta, da comida que serve, do espaço que frui. Apostando num marketing com uma orientação bem direccionada e um alvo bem definido é o tudo e, ao mesmo tempo, o pequeno nada, que falta. Lembramo-nos, a propósito, do que um dia nos disse André Jordan: Em termos comerciais, os portugueses ainda não descobriram que a promoção e o "marketing" são peças essenciais e não apenas complementares.

Portugal, a Língua e Cultura Portuguesas, a gastronomia, os vinhos portugueses, etc., são cada vez mais apreciados em todo o mundo, apesar da sempiterna ausência de marketing que não aproveita o facto de Portugal continuar a ser um país à la mode.

Fátima Miguel, fadista açoriana, animou esta sessão promocional. Sessão bem portuguesa. Até no improviso e voluntarismo do grupo organizador português do Frenesim do Boulevard Saint-Laurent, composto por Natércia e José Rodrigues, Henrique Laranjo e Joaquim Pedrosa.

O Boulevard Saint-Laurent, entre 20 e 24 de Agosto, viveu, uma vez mais, cinco dias de grande actividade e dinamismo, no quadro do projecto Frénesie do Boulevard Saint-Laurent. Foi uma oportunidade perdida ou ganha para os Portugueses mostrarem o que de melhor têm em Montreal e de comemorarem o cinquentenário da chegada da primeira vaga de imigrantes lusos ao Canadá.


E terminamos este texto com a memória do sabor da morcela com ananás, com vinho verde a empurrar e um Pastel de Tentúgal a rematar. Antes havia sido uma "empanturrada" de pastéis de bacalhau e chouriço assado.


Helena Loureiro anunciando as delícias do Portus Calle

José Rodrigues: Olhó cochicho da menina

Étienne la France um dos organizadores da Frenesie du Main

Um dos apresentadores na companhia de Fátima Miguel e Natércia Rodrigues