FICHA DE TRABALHO

Parecer

Com base no texto informativo e no exemplo fornecido, sobre a redação de um parecer, faça um parecer dirigido a uma instituição à sua escolha.

Sem que haja propriamente regras específicas e rígidas para a emissão de um Parecer, há, ainda assim, algumas orientações a seguir, e que, naturalmente variam com o contexto e âmbito do documento requerido.
Um Parecer deve ser dado, realçando a natureza qualitativa do projeto e dos seus principais autores e atores. Deve referir a sua exequibilidade, assim como a sua utilidade e impacto sociais que tem ou a sua contribuição para o avanço do conhecimento na área de estudos que abarca.
Exemplo de um Parecer:


Projeto de Criação da ALUMO
(Associação Lusófona da Universidade de Montreal)

PARECER
de Luís Filipe Tavares de Melo de Aguilar

Tendo-nos sido pedido um parecer fundamentado sobre as vantagens e desvantagens da criação de uma associação de estudantes de Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas na Universidade de Montreal, cumpre-me emitir a minha opinião, a partir dos conhecimentos que tenho de outras associações de estudantes da Universidade de Montreal, das opiniões de doze estudantes da cadeira de Português, Comunicação Oral e Escrita e da prática de outras associações montrealenses de âmbito semelhante.

O número crescente e já significativo de estudantes universitários que falam Português e originários de países de língua oficial portuguesa justifica, por si, a existência de uma associação lusófona em quase todas as universidades, em geral, e na de Montreal, em particular.

Para além das múltiplas interações entre projetos relacionados com a Língua Portuguesa e a Lusofonia, que o ALUMO poderia facilitar nomeadamente a definição de um espaço-temporal de Encontro de falantes de Português, a criação de uma associação desse âmbito na Universidade de Montreal é o corolário lógico da evolução que têm tido o ensino da Língua Portuguesa e as Culturas Lusófonas naquela instituição de ensino superior.

A ALUMO, para além de reunir os falantes de Português, poderia, igualmente integrar os chamados lusófilos, pessoas que apesar de não serem oriundos de quaisquer dos países lusófonos têm manifestado interesse pelo conhecimento das culturas lusófonas e pelo estudo, promoção e difusão da Língua Portuguesa no mundo.

Mau grado o grande empenho, criatividade e amor pela Língua Portuguesa e pelas Culturas Lusófonas que evidenciam os estudantes inscritos nas cadeiras do programa Mineure en langue portugaise et cultures lusophones e os professores que nele lecionam, a falta de coordenação e de cooperação entre professores e, por consequência, entre estudantes mais não faz com que todos se expressam e comuniquem de costas voltadas uns para os outros, contraditando-os com o que a respeito da Lusofonia, escrevem, estudam, debatem, etc.

A falta de uma estrutura organizativa priva os estudantes de um elemento fundamental das suas aprendizagens: a imersão na vida social entre estudantes lusófonos da Universidade.

Uma tal associação com gente esclarecida porque estudiosa do fenómeno da Lusofonia poderia bem conduzir o processo lusófono em Montreal


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Luís Aguilar
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