Português ComunicAtivo
Unidade
de Aprendizagem 11
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Ouça
o
poema de Alberto Caeiro, dito
por João Villaret e cantado por Tom Jobim,
clicando nas imagem
da direita, procurando seguir, ao mesmo tempo, o poema
transcrito à esquerda. Informe-se sobre o autor
do poema e os intérpretes, clicando na hiperligação
mais abaixo.
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O Rio
da Minha Aldeia
de
Alberto Caeiro (heterónimo de Fernando
Pessoa)
In Guardador de Rebanhos (1911-1912)
Obra Poética e em Prosa,
dito por João Villaret
e cantado por Tom Jobim
O
Tejo é mais belo que o rio que corre pela
minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o
rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre
pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que veem em tudo o que lá
não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de (da)Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha
aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há(está)
para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em
nada.
Quem está ao pé dele está
só ao pé dele.
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Luís
Aguilar
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