Auto-retrato
Insular Personalidade

Toda ela é uma ilha,
Rodeada de um mar de curiosidade e sonho.
É pequena de tamanho, mas não de língua.
Pois quer, na lusa quer na gaulesa,
Sempre na ponta traz resposta.
Os seus olhos reflectem o campo, num misto de verde e de castanho,
Acinzentados em dias de tempestade.
Calma e reservada, na aparência, mas na verdade,
É um vulcão adormecido em constante actividade,
De corpo miudinho,
Rosto redondo, sorriso sincero,
Mais parece um diabólico anjinho
Que esconde os seus corninhos
Debaixo dos seus cabelinhos.
É um misto de sensibilidade e de paixão,
Onde o sonho muitas vezes, bate contra os muros invisíveis da sua insularidade
É uma janela aberta para o mundo
Com uma séria aversão à hipocrisia e à manipulação
No universo da psicologia se refugiou,
Na esperança de um dia os outros poder compreender.
Ao tentar navegar no Oceano imenso da complexidade humana, se perdeu...
Queira Deus um dia que a si mesma se venha a compreender !

Texto produzido, a partir da proposta de trabalho contida na
Ficha, Auto-retrato